domingo, 7 de julho de 2013

Um parafuso a menos

Na casa não tinha muito, no coração  havia tudo, tanta coisa misturada, desenhada, ilustrada, rabiscada, imaginada e não realizada. Uma verdadeira bagunça, um amontoado de ideias e palavras, uma sensação de frio e calor, medo e alegria, enfim, um legitimo coração de mulher complicada. Por que a vida não ser mais fácil? Minha vó diz que não teria graça se fosse do nosso jeito, iriamos simplesmente nos afogar em águas tão desconhecidas quanto as do rio Orinoco

Uma vez sentada na casa de árvore do meu mundo imaginário, chorei nove vezes,  isso resulta em 52 lágrimas caídas (sim, as contei), o que significa que chorei muito, muito e muito. Há, mais faz tanto tempo, me lembro que foi no dia em que cai de bicicleta, nossa, faz tempo mesmo! Seria uns 10 a 20 anos atras, caramba estou velha!  Mais por que temos que ficar velha? Minha psicologa falou que é normal chegar aos 30 e ter crise de velhice, acho que é esse o nome, ah, lembrei, não tenho psicologa, muito menos 30 anos. Falando em idade lembrei que tenho que ir na padaria, mais por que tenho que ir na padaria em pleno domingo? 

Lembrei, não sei cozinhar. Isso é triste, quer dizer... vergonhoso! Toda mulher sabe cozinhar, eu acho. Mas como diz minha mãe: - Você não é todo mundo! Isso mesmo, não sou todo mundo, e já que não sou todo mundo, não preciso saber cozinhar. Morro de rir. Parada em frente ao espelho posso ver o quão louca me tornei, falando sozinha com minha escova de dentes a meia hora. 

0 comentários: